Alegoria: Estrutura artística, que serve como cenário para os contos amazônicos.
Amo do boi: É o dono da fazenda e pai de Sinhazinha. Ele exige que seus vaqueiros cuidem e protejam o seu boi. No Festival de Parintins entoa versos exaltando o boi.
Apresentador: Mestre de cerimônia, porta-voz do seu Bumbá. Encarregado de agitar as torcidas, animar a galera, atento a cada item, durante toda a apresentação.
Batucada: Nome dado aos músicos do Boi Garantido. Seu nome deve-se ao ritmo da percussão, seus principais instrumentos.
Boi-bumbá: Rica manifestação cultural. Estudiosos apresentam duas versões para explicar seu surgimento: uma delas, que teriam sido escravos e pessoas simples; outra, que estaria relacionado a elementos orientais e europeus do Boi-de-Canastra de Portugal. Lenda do fazendeiro que tinha um boi querido por todos, que sabia até dançar.
Bumbá: O conjunto de músicos, tribos, brincantes e o próprio boi que se apresentam no bumbódromo de Parintins. Boi Garantido; Contrário: Bois de Parintins; Interjeição onomatopaica indicando estrondo de pancada ou queda - significaria "bate", ou "chifra, meu boi".
Cunhanporanga, Cunhã Poranga: É a mais bela mulher da tribo, que encanta o coração dos guerreiros indígenas; sacerdotisa. Cunhã Poranga: Moça bonita - cunhã = moça, poranga = bonita.
Evolução: Quando o boi de pano está se apresentando, na arena do Bumbódromo.
Figura: Personagens do Festival. Pode ser, por exemplo, o Boi, o Pai Francisco etc.; Símbolo das lendas e do folclore regional.
Galera: Torcida organizada de cada um dos bumbás. A galera é parte integrante do Boi, é julgada pela animação. Marca as cores de cada boi. A guerra das galeras é um espetáculo formidável do Festival. De acordo com o regulamento, durante a apresentação de um boi, a torcida contrária deve ficar em completo silêncio.
Garantido: Boi nascido em 1913, da promessa de Lindolfo Monteverde - fundador do Boi; Boi do Povão; Boi cujas cores são vermelha e branca.
Kuarup: Cerimônia indígena realizada quando morre um tuxaua, ou um homem de valor.
Lapada: Meia garrafa de aguardente.
Lendas amazônicas: As lendas amazônicas são parte da apresentação dos bumbás no Festival Folclórico de Parintins. Geralmente baseadas na cultura indígena, as lendas são cantadas e representadas, ilustrando o folclore de um povo.
Mãe Catirina: Também conhecida esposa de Pai Francisco - figura burlesca da lenda do Bumba Meu Boi.
Pai Francisco: Marido da Mãe Catirina, e é um empregado da fazenda. Com medo do filho não nascer com saúde, satisfaz o desejo da esposa grávida, que é comer língua de boi, matando um dos bois de seu amo.
Pajé: Chefe espiritual das tribos indígenas; autoridade máxima; conhecedor dos encantamentos místicos utilizados para expulsar maus espíritos (cantos, rituais, medicamentos preparados com ervas, raízes, sementes etc); um misto de sacerdote, médico, curandeiro e feiticeiro. Responsável pela introdução de algumas drogas na farmacopéia moderna. Capaz de manipular venenos, narcóticos, sedativos e estimulantes. No Festival de Parintins, durante a evolução do Bumbá, o Pajé é o índio feiticeiro, uma das figuras mais importantes da apresentação - figura central no ritual do boi -, que por meio da pajelança, conjunto de danças e invocação de espíritos, encontra a receita para a cura.
Perreché: Qualidade de uma pessoa que não é recomendável; pessoa inconveniente. Na gíria: "Caboclo do pé rachado".
Pico da neblina: Pico mais alto do Brasil, com 3.014 metros de altura, localizado no município de São Gabriel da Cachoeira, a noroeste do Estado do Amazonas.
Pirarucu: É o maior peixe fluvial. Carnívoro, nativo da bacia Amazônica, chega a medir mais de 2 metros de comprimento e até 160 Kg de peso. Sua língua, muito áspera, é utilizada para ralar, dentre outros produtos, o guaraná. As escamas, grandes e consistentes, são utilizadas artesanalmente.
Porta-Estandarte: Uma índia que carrega o símbolo do Boi, movimentando-se com graciosidade, enaltecendo o estandarte que leva consigo.
Ritual: Cerimônia conduzida pelo Pajé é o ponto mais esperado da apresentação quando fogos de artifício e efeitos luminosos irrompem no Festival. Geralmente, apagam-se as luzes do bumbódromo enquanto os participantes, que assistem ao espetáculo, acendem candeias - pequenas luzes - proporcionando um espetáculo à parte. Originalmente, o objetivo era ressuscitar o Boi morto. Na temática indígena do Festival de Parintins, este é o momento que o Pajé luta contra as forças do mal.
Sinhazinha da fazenda: A filha do Amo, dono da fazenda. A moça bonita, considerada o mimo da casa, é uma das figuras tradicionais do Boi bumbá e sempre um dos destaques da evolução. A coreografia inclui um movimento em que ela coloca as mãos sob o rosto, espalmadas para baixo, dando-lhe extrema graciosidade.
Toada: Canção popular. Música cantada durante a apresentação dos Bois.
Tribo: No Festival de Parintins as tribos devem representar índios nativos da Amazônia, com vestimentas, coreografias e movimentos originais e fiéis às suas raízes.
Tripa do boi: Brincante que veste o boi de pano e faz a evolução do bumbá; pessoa que brinca em baixo do boi, responsável pelos movimentos durante a apresentação.
Tuxáua: Chefe guerreiro de uma tribo; É destaque durante o Festival de Parintins, representando o chefe de uma tribo. Seus trajes são compostos por cocares, simbolizando a sabedoria.
Vaqueiro: Personagem do boi-bumbá, que vai festejar o boi. Representa o peão da fazenda.
Vaquejada ou vaqueirada: Conjuntos vaqueiros que dançam em volta do boi. Trazem o boi no início e se apresentam novamente na despedida do boi, ao final do espetáculo.
Vermelho: Cor do Boi Garantido e nome da música de Chico da Silva que ficou famosa em todo o Brasil, quando os bois passaram a serem conhecidos nacionalmente, em 1996.